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Querer-se bem - primeiros passos

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É muito simples focar-se sobre os outros: observa-los, critica-los, elogia-los, ajuda-los e assim por diante; até entende-los, as vezes.  Mas muito mais complicado é focar-se sobre si mesmos de maniera honesta e corajosa: olhar-se por dentro e entender-se até chegar ao ponto de aprender a aceitar-se, para depois, finalmente e justamente, aprender ou começar querer-se bem. Isto sim que é difícil. Porque, sem dar-se conta, estamos sempre sujeitos e expostos aos auto-julgamentos: muitas vezes impiedosos.  As frustrações, o sofrimento, o sentimento de inadequação, muitas vezes, mas muitas mesmo, vem e dependem justamente desta rigidez que alimenta e sustenta o julgamento negativo ou perfeccionista a respeito de si mesmos.  Tudo isso leva a uma dramática consequência: a dificuldade ou a impedimento em e para querer-se bem.  De fato, se aprende a querer-se bem a partir da infância.  A maioria das vezes, praticas educativas e comunicativas erradas como o: “ se não faz isso ou se

Não esperar para ser feliz: a vida é agora

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Me parece que muitas pessoas estejam esperando que aconteça algo, ou seja uma precondição que se concretize, para começar a viver ou permitir-se de ser felizes.  O raciocínio, mais ou menos o seguinte: "Vou começar a viver ou ser feliz a partir do momento em que"…e lá vem as opções: “vou passar o concurso”, “vou ter um filho”, “vou ganhar mínimo X por mês”, “meu marido ou a minha esposa vai mudar”, etc.  Só que, talvez não tenha se dado conta, mas a vida não espera. Você está já vivendo.  E a vida precisa ser vivida e para vive-la precisa ser amada. Mesmo quando não está te dando o que tu queria ou poderia te dar.  Merece ser amada cada vez que se nasce e cada vez que está-se para morrer.  Sim, porque é necessária a tristeza para entender a alegria. A duvida pra buscar verdade. A morte para compreender a vida. Temos que abraçar o presente para abrir ao futuro.  Portanto não esperar de terminar a universidade, de apaixonar-se, de ter o trabalho dos sonhos, de

Autoconhecimento - para alcançar os objetivos

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Cada um de nós vive, dia a dia, o nosso próprio sonho pessoal . Podemos estar conscientes ou não de cada passo, mas eles estão aí. Nos conduzindo como se fossem um guia. Quando falamos de conseguir atingir nossas metas, propósitos e materializar os nossos desejos pessoais, o autoconhecimento é uma ferramenta essencial. São muitos os que enfrentam mudanças contínuas em suas vidas pessoais e profissionais. Dentro de nossa busca pelo bem-estar e crescimento interior, podemos repensar muitas coisas que nos permitem nos conhecer e nos orientar para o que nos satisfaz e para o que melhor sabemos fazer. Conhecer os objetivos que temos e as ferramentas para os conseguir atingi-los é o primeiro passo a ser dado em direção ao que nos propusemos a fazer. É verdade que falar sobre nós mesmos, em algumas ocasiões, pode ser difícil. Nós sentimos que nos conhecemos e que sabemos a respeito de nós próprios, mas poucas vezes paramos para pensar, refletir e escrever nossas metas . Não p

Igrejas e Respostas

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Uma minha paciente, recém comentou comigo:  “Sabes Deny, antes do que vir conversar contigo, costumava frequentar varias igrejas, tomar passe, e coisas assim. Agora me sinto muito bem e não sinto mais a necessidade disto. Só quero continuar vir aqui, conversar contigo”.  Então, essa afirmação, apesar que pudesse ter sido interpretada como um elogio ou uma testemunha de bom trabalho, me deixou pensativo e perplexo.  Por que?  Porque, em geral, toda a America do Sul, mas particularmente o Brasil e os brasileiros, tem uma maneira muito particular, típica, poderemos dizer cultural, de entender e viver a religião.  E na minha opinião de europeu, antropólogo, psicólogo, católico e com 4 anos de seminário de teologia nas costas, maneira muito distorcida.  Essa paciente veio me procurar por causa de uma ingovernável ansiedade. A ansiedade é uma sempre uma questão que decorre de situações interiores não resolvidas como confusões, mentiras a si mesmos, decisões não tomadas, im

É estranho

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Sempre estranhei diante o uso da palavra “estranho”; ou melhor, diante as pessoas que, salomônicamente, comentam a respeito de varias e sortidas situações, comportamentos, fatos ou até mesmo outras pessoas que sejam, proferindo a brilhante e exaustiva locução: “ é estranho ”; “ que coisa estranha ”; “ que situação estranha ”; “ que pessoa estranha ” e assim por diante.  Vocês já pararam para pensar o que significa dizer “ é estranho ”? Qual é o significado iminente da palavra? Qual é a intenção comunicativa de quem está magistralmente esclarecendo algo sentenciando com o uso da palavra “estranho”? O que nós informa sobre ela? Bem a respeito da pessoa que a está usando? Sobre as suas capacidades comunicativas, seus processos de entendimento, suas perspectivas de visões e definição do mundo?  Vamos refletir.  Tem um velho psicólogo, que se chama Jean Piaget, que teorizou o desenvolvimento cognitivo da criança, ou seja como as pessoas evoluem. Segundo ele, o desenvolvimento

DESCULPA

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Bom seria dedicar um tempo, um dia por semana, ou um momento em cada dia, para pedir desculpa. Gratuitamente. Sem que as ocorrências precisem que sejam pedidas para concertar uma coisa. O considero um ato de força; não de fraqueza.  Pedir desculpa simplesmente como gesto de conexão, de sensibilidade, de respeito, de responsabilidade e, também, de purificação: purificação de si mesmo e do seu próprio ambiente.  Pedir desculpa, mesmo não tendo certeza de recebe-las.  PEDIR DESCULPA: desculpa pelas vezes que para nós estar bem, colocamos alguém outro em estar mal; machucamos e com hipocrisia, chegamos a mentir para nós mesmos contando-nos que não estávamos vendo isto. Que a gente não se dá conta. A pior forma de egoísmo é a que não se enxerga, pelo menos.  Desculpa pelas vezes que se encontra alguém e não se diz bom dia, ou se pergunta "oi tudo bom?” e se passa rápido pra frente sem nem sequer esperar a resposta.  Desculpa para todas as vezes que se joga qual

A favor da "cura gay" - leia antes de opinar

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Continuo vendo e lendo pessoas manifestando-se, de todas as forma e em todas as redes sociais, com frases tipo: “não há cura para que não é doença”.  O que me preocupa dessas manifestações é constatar como é fácil produzir e espalhar desinformação e manipulação de informação (até por fins políticos) e de como as pessoas parecem mais preocupadas em mostrar-se politicamente corretas e querer aparecer, a respeito de uma questão, mais do que entende-la de verdade. Bom, eu sou a favor dessa liminar que o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, concedeu e que, na prática, torna legalmente possível que psicólogos ofereçam pseudoterapias, popularmente chamadas de  cura gay.  De fato essa questão gera uma furiosa polemica porque parece que o juiz, ou seja uma instituição judiciária e não  sanitária, esteja dizendo que a homossexualidade é uma doença.  Na verdade não é bem assim porque a liminar determina que o órgão do Conselho Federal de Psicologia

BULLYING - Entrevista ao Deny Donato Alfano

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Alguns dias atrás, Michelle Bertocchi, uma aluna da escola básica Elia Basso, me procurou para me fazer algumas perguntas sobre o bullying como parte de um trabalho escolar que estava justamente desenvolvendo.  Primariamente me deixem parabenizar todas essas atitudes que muitos jovens, por aqui, tem, de sair da escola para procurar novos entendimentos, ativando-se para criar novos contextos territoriais de praticas, nem que isto seja participar a grupos filantrópicos ou organizar-se para vender rifas e promover iniciativas.  Eu sempre costumo dizer que fazer vale muito mais do que falar. E os jovens que fazem tem toda a minha admiração. Parabéns e continuem assim.  Quanto ao bullying, o bullying é um fenômeno dramático e que está progressivamente crescendo e radicalizando-se.  Na entrevista, que foi gravada e que vocês encontram no meu facebook , explico quais são os efeitos em meio longo prazo, os danos cujo os filhos que os sofrem correm-se risco; opino também a respei